Pressão popular e discursos contrários de deputados, entre eles Coronel Jairo, adiam decisão na Alerj sobre futuro da universidade pública na zona oeste

Diante de galerias lotadas de estudantes e moradores da zona oeste do Rio de Janeiro que se manifestaram através de cartazes contra a extinção da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO), o governo cedeu e pediu a retirada de pauta do projeto de lei 5071/2021, que trata da incorporação da UEZO à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A proposta seria votada nesta quarta-feira (01/12) no plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Momentos antes do início da sessão, o deputado estadual Coronel Jairo (SDD) fez um discurso na tribuna em defesa da autonomia da UEZO. Ovacionado pelas galerias, Coronel Jairo lembrou ter sido o autor do projeto de lei que resultou na criação da UEZO em 2005. Ele destacou ainda a importância de manter a autonomia e em funcionamento na zona oeste das instalações da universidade, justamente por ser a região com maior deficiência de equipamentos de educação no estado.
“A UEZO não é do governo, é da população da zona oeste, a obrigação do Estado é dar recursos para garantir a independência e fortalecimento da UEZO, ao invés de acabar com a universidade”, discursou Coronel Jairo, que destinou emenda ao orçamento estadual de 2022 no valor de R$ 2.901.837,00 com o objetivo de assegurar investimentos em gestão e infraestrutura da UEZO.
O projeto de lei 5071/2021 seria o primeiro a ser votado nesta quarta-feira, mas logo após o presidente da Alerj iniciar o expediente, o líder do Governo, Márcio Pacheco (PSC), pediu a retirada de pauta com a justificativa de que o “projeto ainda precisa ser mais discutido”.
Os deputados Lucinha (PSDB) e Luiz Paulo (Cidadania) também se pronunciaram contra a extinção da UEZO. “Espero que o governo faça uma profunda reflexão, não é possível que o parlamento adicione a extinção da UEZO”, falou Luiz Paulo logo após o PL sair da pauta.
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